A 74º sessão da Assembleia Mundial da Saúde aprovou uma resolução sobre saúde oral que, entre outras coisas, pede que a Organização Mundial da Saúde (OMS) crie uma estratégia global e um plano de ação subsequente para combater doenças orais não transmissíveis nos próximos dois anos, avança o Dental Tribune International.
A resolução pede à OMS:
- Uma estratégia global a ser considerada pelos órgãos sociais da OMS até 2022;
- A tradução da estratégia num plano de ação até 2023;
- Desenvolver intervenções de best-buy para a saúde oral;
- Incluir a NOMA, uma infeção na boca e no rosto que é quase sempre fatal em crianças infetadas, na lista de doenças tropicais negligenciadas.
A resolução foi apresentada pelo Sri Lanka, juntamente com outros Estados-Membros da OMS, numa reunião do conselho executivo da OMS, no passado mês de janeiro. De acordo com o diretor associado para a saúde e política global do New York University WHO Collaborating Center, Habib Benzian, esta foi a primeira vez desde 2007 que a OMS adotou uma resolução focada na melhoria da saúde oral.
A discussão que antecedeu a aprovação da resolução na Assembleia Mundial da Saúde viu surgir um claro consenso “de que a saúde oral deve estar firmemente enraizada na agenda da doença não transmissível e que as intervenções em cuidados de saúde oral devem ser incluídas em programas universais de cobertura de saúde”, segundo a OMS.
A World Dental Federation (FDI), em conjunto com a International Association for Dental Research (IADR), afirmaram, em comunicado, apoiar a resolução. No entanto, consideram que deviam ter sido considerados na resolução tópicos como as lesões orofaciais e a expansão da água fluoretada onde fosse apropriado.


